Embora o imaginário popular frequentemente aponte para o Oriente Médio como o epicentro da produção de petróleo, o cenário geopolítico e tecnológico das últimas décadas consolidou os Estados Unidos no topo da pirâmide. Em 2025, o país não apenas mantém a liderança, mas atinge níveis recordes de extração, redefinindo as relações econômicas globais.
1. O Gigante Americano: Inovação e Recordes
Os Estados Unidos consolidaram sua posição como o maior produtor mundial, superando a marca de 13 milhões de barris por dia (bpd) de óleo bruto. Se considerarmos outros líquidos energéticos e condensados, a produção total ultrapassa os 20 milhões de bpd.
- A Revolução do Xisto (Shale Oil): A técnica de fraturamento hidráulico (fracking) permitiu que os EUA explorassem reservas antes inacessíveis. Bacias como a de Permian (Texas e Novo México) são hoje os motores dessa dominância.
- Segurança Energética: De maior importador do mundo no início dos anos 2000, os EUA passaram a ser um exportador líquido, reduzindo sua vulnerabilidade a crises no Golfo Pérsico.
2. O Ranking dos Grandes Produtores (Dados de 2025)
Abaixo dos Estados Unidos, o pódio é disputado por potências tradicionais que dependem das decisões do bloco OPEP+.
| Posição | País | Produção Estimada (Milhões de bpd) | Característica Principal |
|---|---|---|---|
| 1º | Estados Unidos | ~13.4 – 20.1* | Líder em tecnologia e mercado livre. |
| 2º | Arábia Saudita | ~10.0 – 10.8 | Maior capacidade ociosa e exportador chave. |
| 3º | Rússia | ~9.8 – 10.7 | Resiliência apesar de sanções internacionais. |
| 4º | Canadá | ~5.0 – 5.8 | Foco em areias betuminosas e exportação aos EUA. |
| 5º | Iraque | ~4.0 – 4.4 | Pilar fundamental da OPEP no Oriente Médio. |
Nota: O número maior inclui líquidos de gás natural e outros hidrocarbonetos.
3. Arábia Saudita vs. Rússia: A Estratégia da OPEP+
A Arábia Saudita e a Rússia, embora produzam menos que os EUA, possuem uma influência desproporcional nos preços.
- Controle de Oferta: Através da OPEP+, esses países coordenam cortes ou aumentos de produção para evitar que o preço do barril desabe.
- Custos de Extração: A Arábia Saudita possui um dos custos mais baixos do mundo (extração em terra firme e fácil acesso), o que lhe confere uma margem de lucro superior à dos americanos.
4. O Brasil no Cenário Global
Vale destacar que o Brasil se consolidou no “Top 10” mundial, ocupando geralmente a 8ª ou 9ª posição. Graças ao Pré-Sal, o país produz cerca de 3.5 a 3.8 milhões de bpd em 2025, tornando-se o maior produtor da América Latina e um player estratégico para o suprimento fora do eixo OPEP.
Conclusão
A supremacia dos Estados Unidos na produção de petróleo é o resultado de um ecossistema de investimento privado e inovação tecnológica. No entanto, a liderança em volume não significa controle total sobre os preços, que continuam reféns das tensões geopolíticas e das manobras do cartel liderado pelos sauditas.
